sexta-feira, 18 de março de 2011

O que é a Pastoral Familiar ?

É um serviço que se realiza na Igreja e com a Igreja, de forma organizada e planejada através de agentes específicos, com metodologia própria, tendo como objetivo apoiar a família a partir da realidade em que se encontra, para que possa existir e viver dignamente, estabelecer relacionamentos e formar as novas gerações conforme o plano de Deus.
Abrange todas as famílias, independentemente de sua situação familiar, com o propósito de promover a inclusão e resgatar os valores e a dignidade de cada pessoa.

Como começou

No Concílio Vaticano II começou-se a delinear na Igreja uma proposta inspiradora para os esforços da evangelização da família. Desde o início de seu pontificado, o Papa João Paulo II dedicou atenção especial à família.
No Brasil, a Pastoral Familiar começou a sistematizar a sua caminhada na década de 80, onde foram realizados vários encontros nacionais com os representantes de alguns movimentos e serviços familiares.
Em 1981, no IV Sínodo dos Bispos, foi promulgado a Exortação Apostólica Familiaris Consortio sobre a missão da família cristã no mundo de hoje.
Desde então, foram realizadas muitas ações pela Igreja no Brasil, mas, percebe-se que a missão da Pastoral Familiar é muito mais ampla, urgente e indispensável. Atualmente, a pastoral familiar pode contribuir para que a família seja reconhecida e vivida como lugar não somente de sacrifício, mas também de realização humana, a mais intensa possível na experiência de paternidade, de maternidade, de filiação, como estrutura de um pertencer que desperte crescimento, maturidade, e proporcione satisfação (cf. Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, 2008-2010, n. 129). Por isso, a família deve ser ajudada por uma pastoral familiar intensa e vigorosa (cf. Bento XVI, Discurso inaugural, Aparecida, 2007, n. 5).


Missão

A missão evangelizadora da Pastoral Familiar é a defesa e promoção da pessoa em todas as etapas e circunstâncias da vida e a defesa dos valores cristãos para o matrimônio e os relacionamentos pessoais e familiares.
Para isso, é imprescindível promover articulações dentro e fora da Igreja, para defender a vida em todas as suas etapas e dinamizar e orientar ações em favor da família.

A Pastoral Familiar possui quatro metas principais:
èFazer da família uma comunidade cristã;
èFazer com que a família seja santuário da vida;
èResgatar para a família seu justo valor de célula primeira e vital da sociedade;
èTornar a família missionária e Igreja doméstica.

Objetivos

èFormar agentes qualificados;
èAcolher toda família a partir da realidade em que se encontra;
èSantificar os laços familiares;
èApoiar a família no seu papel educador;
èPromover a missão em família;
èValorizar os tempos litúrgicos e datas civis;
èArticular o trabalho em conjunto com as outras pastorais e movimentos eclesiais;
èEstabelecer articulações também com forças externas à Igreja.

Como está organizada

Para alcançar os objetivos propostos, foi instituída a Comissão Nacional da Pastoral Familiar - CNPF composta pelo bispo presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família, pelos bispos conselheiros, pelo assessor nacional, pelo casal coordenador nacional e pelos bispos, assessores e casais representantes da Pastoral Familiar nos 17 Regionais da CNBB e pelos representantes nacionais dos movimentos eclesiais, institutos e serviços familiares.
Considerando a realidade brasileira e a experiência eclesial, a Comissão episcopal Pastoral para a vida e a Família, propõe a seguinte organização em nível diocesano e paroquial:

a) Setor Pré-Matrimonial
èPreparação Remota. Articular com: Crisma, jovens, catequese e escola.
èPreparação Próxima: Evangelizar namorados e noivos.
èPreparação Imediata: Diálogo com o Padre, Retiro Espiritual, Rito Sacramental e Celebração.

b) Setor Pós-Matrimonial
èOferecer ajuda e formação para recém-casados e grupos familiares.
èFormação contínua para a vida conjugal, familiar e comunitária e Celebrações Especiais.

c) Setor Casos Especiais
èOs casais em segunda união e seus filhos sejam acolhidos, acompanhados e incentivados, conforme sua situação, a participarem da vida da Igreja, segundo as orientações do Magistério(cf. Diretrizes..., n. 133).
èAcompanhar as diferentes realidades das famílias de migrantes, mães e pais solteiros, famílias com filhos deficientes ou drogados, famílias distanciadas da igreja, matrimônios mistos, atenção especial aos idosos, viúvos, casais em segunda união, alcoolismo etc.

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